segunda-feira, 27 de março de 2017

Você sabe o que é votação em lista fechada?



SUGESTÕES DE LEITURA

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,voto-em-lista-fechada-e-o-sistema-de-grande-parte-das-novas-democracias,70001709885


https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/03/23/modelo-de-lista-fechada-favorece-investigados-dizem-especialistas.htm

quarta-feira, 15 de março de 2017

ANÁLISE DE ESTRUTURA DE TEXTO DISSERTATIVO


A história da mulher entre flores e espinhos

Veja o vídeo explicativo deste texto em: https://www.youtube.com/watch?v=U9M8wWkfE7s
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O dia 08 de março, data em que  é comemorado o Dia Internacional da Mulher, sempre será uma oportunidade para se avaliar a realidade da mulher na sociedade.  Nessa avaliação, verifica-se que a história da mulher é marcada por uma realidade de poucas flores e muitos espinhos.

O paralelo entre flores e espinhos não é uma citação avulsa, um trocadilho apenas. Ele diz muito do tratamento histórico que sempre foi dispensado à mulher. Nessa perspectiva, o tratamento com flores expressa  a mulher como rainha e princesa pelos homens românticos que a amam. Rainha e princesa, expressões máximas de um título de nobreza, podem revestir a mulher de uma condição de  eterna namorada, mãe de família cuidadosa, mulher prendada, cidadã obediente às regras que sempre lhe impuseram no seu papel social. Mediante a obediência às regras, as flores vêm como o coroamento de uma concepção aceita e, por ser aceita, deve ser  premiada. Nada contra o ato romântico de oferecer flores. Absolutamente. As mulheres amam flores. Desde que este ato não venha revestido de uma atitude movida  apenas por um ideal distorcido da realidade da mulher no seu respectivo tempo. 

O que a história demonstra, e os dados comprovam, é que os espinhos começam na vida da mulher a partir do momento em que ela reage a essa concepção idealizada, literalmente florida, e passa a atuar num papel autônomo, de dona de suas próprias vontades na sociedade. Quem conhece a passagem histórica recente, em 2011, em que um policial no Canadá disse para que as mulheres não se comportassem como ‘vadias’ para não serem estupradas? Esse fato nos diz que a exposição aos riscos que as mulheres sofrem está condicionada à mudança de construção de uma imagem ‘florida’ que elas retiram de si mesmas em substituição à imagem de ‘um outro tipo de mulher’. Esse outro tipo de mulher é a que se manifesta como motivadora de sua própria agenda social, buscando identificar as causas dos seus problemas e se mobilizando para encontrar soluções, seja através dos mecanismos de ações do Estado, seja através de ações menos ostensivas por uma identidade condizente com o seu tempo e pela defesa de seu espaço. Ações como essas, que modificam a  imagem de uma mulher ideal são capazes de gerar o caminho de espinhos. Entre outras manifestações possíveis, este caminho surge como contraponto às mulheres que fogem do padrão de ‘bela, recada e do lar’. É como se, salvo algumas conquistas sociais, muitas vozes da sociedade, em resistência, dissessem: já que você quer assim, que pague o alto preço pelas suas escolhas fora da rota historicamente determinada pela sociedade machista.

   As flores e os espinhos na vida da mulher, quando existirem, devem fazer parte da vida, como fazem parte da vida de qualquer homem pelas lutas comuns ou pelos erros e acertos do ato de ser humano. Não devem estar associados às premiações ou punições dos homens ou da sociedade em geral como notas escolares pelo cumprimento ou não das lições de casa pela imposição de gênero, simplesmente pelo fato de a mulher ser mulher.